top of page
Tags
Destaque

Bienal do Livro terá ambiente dedicado à cultura nerd e Praça da Língua

  • CAROLINA CALLEGARI
  • 31 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

RIO — A 18ª edição da Bienal do Livro está batendo à porta e quase dá para sentir o cheirinho de livro novo no ar. O Riocentro abriga novamente o evento, a ser realizado de quinta-feira até o dia 10 de setembro, e será tomado por uma programação bem variada. Este ano, novos espaços chamam a atenção, e, entre tantos lançamentos badalados, há outros que também prometem atrair grande público.

O universo dos super-heróis tomará conta da estreante Geeks & Quadrinhos, uma área dedicada a toda a família que vai reunir palestras, jogos, oficinas e lançamentos. É a primeira vez que a Bienal aposta num espaço dedicado exclusivamente à cultura nerd, e a curadoria é de Affonso Solano. De 1º a 8 de setembro, estará à disposição ainda o Mundinho Geek, para a garotada de até 14 anos.

O projeto assinado pela produtora Imagem Cultural vai misturar brincadeira com aprendizado, em oficinas, como a de poções, dentro do universo de Harry Potter; a de HQ, em que a técnica de origami auxilia na criação de uma revistinha; a de quadrinhos, com técnicas de desenho e de narrativa; e a de cosmaker, para ensinar a criar os próprios uniformes. A educadora e historiadora da arte Juliana Rodrigues, dona da produtora, apresenta o modelo do evento.

— Percebíamos que havia poucas crianças em museus e eventos nerds, quase sempre vistas como intrusas. As mulheres nerds com filhos tinham dificuldade em entrar nesse espaço também. Pensamos, para os pequenos, uma programação que trouxesse algum conhecimento, e por isso teremos educadores, e não animadores, na Bienal — diz Juliana, que ainda vai lançar no evento o “Almanaque histórias em quadrinhos de A a Z”, ao lado de Aurea Gil.

Outro espaço que está estreando nesta edição da Bienal é a Praça da Língua, que trará uma instalação audiovisual do Museu da Língua Portuguesa. O projeto explora o universo da palavra a partir do uso de recursos de som e luz, com inspiração em obras do Brasil e de outros países lusófonos.

O Conexão Jovem, por sua vez, foi remodelado e ganhou cara totalmente diferente, bem como outro nome: virou a Arena #SemFiltro. Agora são 400 lugares (antes eram 90) para acomodar a plateia durante as discussões de temas como representatividade LGBT, games, feminismo, música e poesia. Entre os mediadores há nomes que arrastam multidões, como Leo Jaime, Sophia Abrahão, Thalita Rebouças e Marina Ruy Barbosa. A diretora da Bienal, Tatiana Zaccaro, diz que o interesse dos jovens estimulou o investimento na programação dedicada ao segmento:

— Em 2015, eles tiveram uma grande participação, e, para este ano, preparamos, de forma mais especial, o espaço que privilegia os debates de interesse deles.

PUBLICIDADE

Se não é um ambiente oficial, o espaço reservado ao advogado catarinense Mauro Felippe também promete chamar atenção. Para marcar a publicação da obra “Humanos”, seu quarto livro de poemas, ele terá o maior estande entre os autores independentes. O espaço de 40 metros quadrados, no Pavilhão Azul, é até maior do que os de algumas editoras. Ali, ele fará sessões de autógrafos, na sexta e no domingo, às 18h30m, e leitura de poesias aos sábados, às 19h. Felippe já participou como expositor nas duas últimas edições de São Paulo e conta que escolheu vir ao Rio por dois motivos.

— O Rio é a capital cultural do Brasil e, na minha opinião, da América Latina. Tudo o que se faz na cidade reverbera em todo o país. Além disso, quero ter oportunidade de interagir com os grandes autores que estarão na Bienal. Busco aprendizagem e troca de experiências; quero aprender com meus ídolos — conta Felippe.


 
 
 

Comments


© 2017 By Thainá

  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
  • Google+ B&W
bottom of page